Jacira sempre quis se chamar Gorete. Desde pequenininha. Quando indagada sobre o que seria quando crescesse, respondia sem pestanejar:"Gorete". Os parentes e amigos mais próximos achavam graça de idéia tão estapafúrdia, mesmo sem entender nada. "Como assim, Jacira?". Jacira não sabia argumentar aos 3 anos de idade, e apenas repetia: "Quero ser Gorete." Todo mundo estranhava aquilo, afinal, Jacirinha não conhecia nenhuma Gorete. Quando estava mais madura, isso lá pelos 5 anos, era categórica: " Quero me chamar Gorete; é um direito meu." Todo ano, ao escrever cartinha para papai noel, ela pedia: " Querido papai noel, gostaria de ganhar um nome novo. Mas não qualquer um. Tem que ser Gorete." Os pais, vendo que Jacira passara a fazer de "Gorete" uma obsessão, preocuparam-se, porém moravam na roça, longe de médicos ou psicólogos, e todas os problemas eram encaminhados ao curandeiro da região, Seu Antônio, que benzeu a pequerrucha, em vão. O tempo foi passando, até que Jacira adentrou a adolescência, com peitinho e tudo. Arrumou um namoradinho, e toda vez que falavam de seus sonhos um para o outro, ela diza. "Ah, o meu é ser uma boa curandeira, igual a Seu Antônio, mas com buceta, e também sonho me chamar Gorete". Edmilson, o namoradinho, era meio burrinho, contudo amava muito Jacira, e respeitava os ideais de vida não ortodoxos dela. Num belo dia, após o tempo passar um pouquinho mais, Jacira acordou, de repente, e, para espanto de todos, decretou: "Agora que sou maior de idade, vou mudar de nome. Mas quero Gorete mais não. Serei a Giraya." Dito e feito. E Jacira, digo, Giraya, tornou-se a melhor curandeira da região, e viveu feliz para sempre.(não acredito que você perdeu seu tempo lendo essa merda sem sentido, crente de que acharia nela alguma lógica )
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