Puta merda, finalmente chegara o grande dia. Passaria na casa dela para, sei lá, sairmos para tomar um suco ou irmos ao motel(quem dera). Estacionei em frente a um prédio de nome esquisito, ao lado duma antiga academia bem fodona.
- Quanto tempo, hein! Achei que não me reconheceria!
- Que isso, menino. Tenho boa memória, e meu cabelo é loiro de farmácia.
Fomos então tomar um suco mesmo. Pensei até em fazer graça e pedir para a garçonete um de laranja que parece limão e com gosto de tamarindo, mas achei melhor deixar proutra vez. Ficamos lá sentados conversando por duas das melhores horas verticais de minha vida. Eis que tive uma idéia:
- Sei que isso vai parecer estranho, mas peço que faça exatamente o que eu falar.
-Lá vem doideira(...)
-Siga meus comandos, ao pé da letra.
- Tá, mas sem putaria!
- Feche os olhos. Agora imaginará tudo o que eu disser. Você tá numa sala retangular. Branca, toda branca.
- Mas eu tô queimada de praia! Bronzeadinha!
- Pô, é sério! Me obedeça! A sala que é toda branca. Então, feche os olhos de novo.
- Tá.
- Você está sozinha na sala, cujas( ok, na hora não usei cujas) paredes, chão e teto são brancos. Num tem móveis nem nada. Tudo branco. De tão branca, a sala emite luz própria. Uma luz meio fluorescente. Agora, no centro da sala, aparece uma mesa marrom com três pés. Sobre a mesa, uma melancia começa a quicar, como se fosse uma bola de basquete. Pronto, pode abrir os olhos.
- Que coisa maluca. E aí? O que quer dizer isso?
- Ah, nada não. Mas você fica uma gracinha de olhinhos fechados.
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