7/29/2005

Dança do acasalamento

Gosto pra caramba de ser abestalhado. Por mais estranho que possa parecer, deixar aflorar o lado lúdico, moleque, brincalhão me faz muito bem. Me impele a peidar durante o filme na casa do balneário deveras badalado onde vou nas férias e rir pra caralho enquanto todos saem correndo do recinto. Me permite várias vezes achar graça de minha própria desgraça, e assim ter uma vida mais leve. Leve a ponto de rir de fundamentalistas que lotam minha caixa de e-mail, ou de mulheres grudentas em meu pé, ou de outras que não querem nada comigo. Me faz dizer todo orgulhoso para loira bonitona ao acabar de conhecê-la que sou fã de Chaves. Me propicia olhar para minhas exóticas orelhas e pensar que com criatividade posso usá-las na arte da sedução, como na dança do acasalamento a la dumbo. Acho que manter esse frescor infantil e otimista, inerente às crianças, é o segredo para envelhecer só por fora. Claro que felicidade demais é desespero. Mas encarar os percalços desse mundão de meu deus com bom humor é a forma mais fácil e inteligente de ser feliz. Ou ao menos de pegar a mulherada.

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