12/20/2004

Parte III

Na hora meu pau ficou duro. Ela me largou e apontou pra aquele ser incontrolável que estava tremendo nas minhas calças. Era meu celular. Puta meda, hora maldita pra alguém me ligar. Era o Xerox, pedindo o por que não estou no expediente. Chinguei ele e disse que fiz hora extra com a nova enfermeira. Ficamos por horas a fio fazendo e refazendo os testes necessários para sua permanência no consultório. Analisando os fatos, ele perguntou onde eu estava. Falei que estava com a Oliveira. Ele concordou e disse pra mim tirar o resto do dia de folga. Estava exausto.
Voltando para luma e pedindo para voltarmos ao nosso momento íntimo, ela já não estava mais ali. Tinha saído chorando por que ouviu minha conversa.
- Que foi Luminha, fica assim não. Foram testes de consultório. Eu trabalho no Consultório do Humor. Sabia não?
Ela me olhou com aqueles olhos vermelhos, cheios de lágrimas e disse:
- Sim, eu sei. Sei também que entrou uma enfermeira nova. Ela é mais boa do que eu?
- Olha Luminha, não vamos entrar nesses assunto.....
- Ela tem uma cocha mais grossa, lisinha e bronzeada do que a minha – disse ela levantando a saia e alisando as cochas.
- Luminha, faz isso não....
- Ela tem uma barriguinha mais malhada, bronzeadinha e com esses pelinhos louros indicando um local secreto?
- Luma, tou avisando......
- E esses peitos? São tão durinhos e arrebitados quanto os meus?
Nesse momento podia tocar celular, podia chegar polícia, podia chegar bombeiro, ex-marido, patrão, chefe, delegado o que fosse. Eu não ia largar ela do meu colo e não ia desistir da corrida até o consultório.

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