12/21/2004

IV
Entrei que nem uma bala no Consultório. Ninguém me viu. Só ouviram o som da porta do meu consultório batendo e um click dizendo que eu estaria ocupado pelas próximas 4 horas.
- Luminha, agora é só nós dois.
- Ah, não vai dar não...
- Por que não?
- Seu celular ta vibrando de novo. Não vai atender? Ele é tão pequeno, deixa eu ver o modelo que vou comprar um pra mim.
Não era meu celular. Eu tinha jogado ele no lixo depois que atendi o patrão. Tentei insistir:
- Mas então, continuando...
- Não é o celular? Ah não, com isso aí não vai dar não.
- Olha Luma, ele não é lá grandes coisas, mas faz um trabalho exelente. Vem cá, expegmenta.
- Ah, vai dar não. Tenho que voltar pro ensaio da Mangueira. Por falar nisso, já viu a Mangueira entrar?

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